07 novembro 2011

Dois estranhos na estação




           Como toda boa universitária que mora longe de casa, as estações de ônibus me são bastante familiares. Eu gosto delas, não tanto quanto gosto de aeroportos, mas gosto delas. Tenho várias histórias engraçadas de viagens de ônibus. Teve uma certa vez, que sentei perto de um manolo que não tinha um celular com fone de ouvido como todos as pessoas e os manolos normais, Ah não! Esse tinha uma caixa de som (!) ligada para que todos apreciassem seu (mau) gosto musical. Mas hoje não vou falar de histórias engraçadas de manolos, vou na verdade compartilhar o fato que na verdade, eu tenho uma - vou chamar de sorte- "sorte" de sempre sentar do lado de rapazes extremamente bonitos. “Se joga boba!” Vocês devem estar pensando, mas calma, ainda não é exatamente sobre isso que eu quero falar; O primeiro rapaz que sentou um dia do meu lado, era daqueles tipos de caras altos, bronzeados, com cabelo estiloso e com cheiro de perfume importado. O 'pinta do busão' sorriu, sentou e depois fechou a cara durante as quatro horas de viagem, muito ocupado com seu blackberry e seu ego do tamanho da Rússia pra se importar em ajudar a velhinha do lado a pegar a mala ou puxar papo comigo, o que eu esperava ansiosamente no início da viagem. O fato é que com o passar das horas, qualquer interesse que eu tinha no 'pinta do busão', com toda certeza passou no momento que eu vi que seu gosto musical se limitava a forró e swingueira e o quanto ele se intimidou quando me viu com o meu livro de direito penal nas mãos.                                                                                                      Hoje, eu subi no ônibus com um desejo: Deus, não deixa eu sentar perto de outro 'pinta do busão'. Percebi que minhas preces não foram ouvidas quando eu vi aquele cara alto, branquinho e do cabelo cacheado sorrindo e vindo na minha direção indicando que ia ocupar a poltrona vazia ao lado da minha. Eu sorri e pensei 'Ai não, outro não'. Levantei pra que ele sentasse, e ele, como bom gentleman, se ofereceu para colocar a minha bagagem de mão naquela parte superior onde se colocam as malas, alegando que eu ia ficar desconfortável ao levá-las no colo. Agradeci e olhei pra aquele lindo estranho do meu lado; mal tive tempo de pensar duas vezes e quando menos esperei já estava conversando com ele sobre um assunto que nem lembro mais. Conversa vai, conversa vem até que eu peguei meu fone de ouvido, ele o dele, e era hora de sermos dois estranhos de novo.                                                                                              Fechei os olhos e comecei a pensar em como a gente se engana pensando que é o 'pinta' que a gente quer, quando na verdade, são os lindinhos e fofos que a gente quer apresentar pra mãe, e passar tempo junto, e fazer planos e conversar coisas de conteúdo ou não, já que ele não se intimidaria pelo nosso intelecto. São caras de verdade, com gola V preta, um sorriso lindo e cheirinho cítrico que a gente quer. E como se não bastasse querida leitora, o fofo do busão que você também quer pra chamar de seu, sorri quando dorme e está encostando a cabeça no meu ombro. Deus pode não ter exatamente atendido minhas preces mas ele caprichou ao enviar esse aí, porque acredite querida leitora, ele está ouvindo Kings of Leon. Acho melhor eu desligar a luzinha de leitura porque ele acordou e está perguntando o que eu tanto escrevo. Mal sabe ele que é o personagem principal da minha história.








Raissa Almeida

02 novembro 2011




E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez. É que quando você volta, eu me lembro que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinho. E quando você vai embora de novo, eu me lembro que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de jeito nenhum.
— Caio Fernando Abreu.

19 outubro 2011



Where is this love? I can’t see it, I can’t touch it. I can’t feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can’t do anything with your easy words.
Alice (in Closer, 2004)

16 outubro 2011


“ Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber por que a vida é assim (…) Eu nunca vou entender por que você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.
Você me lembra o mistério da vida… é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."
Tati Bernardi

10 outubro 2011

Zumbi: MODE ON




            Buona sera a tutti! Quem disse que vida de quem está no pré é difícil, espere só chegar na faculdade. Se eu dormir 3 horas por noite, ou optar por não dormir, talvez, eu disse TALVEZ dê tempo de eu fazer tudo que eu preciso pra minha querida UFRN. Já dei adeus à minha vida social faz eras, então tudo que venho dizer é que passarei muitos dias sem dar as caras por aqui e que  preciso voltar a me deliciar (not) com História do Direito. Para todos os universitários na mesma situação, preparem seus Red Bulls, xícaras de café  e banhos gelados de madrugada! Sleeping is overhated, my dears!  



Raissa Almeida