03 dezembro 2011

CAMPANHA: Bring X-mas back!




             Devo dizer que morro de saudades dos dezembros de quando eu era criança. Era só o ponteiro do relógio avançar um minuto às 23:59 minutos do dia 30 de Novembro que a magia começava. O ar tinha um cheiro diferente, algo como canela e lembranças de um tempo bom. As ruas se iluminavam. As pessoas decoravam as casas. Minha mãe e eu montávamos a árvore de Natal, e eu sempre ficava com a tarefa de colocar, por fim, a estrela dourada no topo dela. Eu escrevia minha carta pro papai Noel, pedindo algum acessório da Barbie que eu ainda não possuísse e dava a localização exata de onde ele poderia comprar, caso os seus duendes não tivessem tempo de fazê-lo. Eu passava dias e dias fazendo compras pra o amigo secreto e claro, para as festas de fim de ano. Então no dia 25, o Bom Velhinho, como todo ano, deixava o pacote estrategicamente ao lado da minha cama e eu, como toda boa criança cética, passava o dia pensando na logística dele para invadir a minha, já que claramente nós não tínhamos uma lareira. Hoje, os dezembros não são mais assim tão cheios de cor, eles são atarefados como os outros meses e eu não sinto mais cheiro de canela, ou a impressão de que purpurina estivesse prestes a cair do céu a qualquer momento ( talvez no carnaval). Isso só acontece, por que quando a gente cresce, passa a acreditar que Dezembro não é mais mágico, quando na verdade, nunca deixou de ser. Por esse motivo, quero fazer uma campanha, de um dezembro de posts natalinos, pra que eu, ou quem quer que seja, lembre do que fazia dessa, a minha época do ano favorita. 




Raissa Almeida

29 novembro 2011






AMEN TO THAT!




Raissa Almeida


Sunday morning rain is falling
Steal some covers, share some skin
Clouds are shrouding us in moments unforgettable
You twist to fit the mold that I am in

But things just get so crazy
Living life gets hard to do
And I would gladly hit the road
Get up and go if I knew
That someday it would lead me back to you
That someday it would lead me back to you
Someday..

CHORUS:
That maybe all I need
In darkness she is all I see
Come and rest your bones with me
Driving slow on Sunday morning
And I never want to leave.



Sunday Morning- Maroon 5

13 novembro 2011

E se...






          Eu tenho um problema com ideais. Crio na minha cabeça uma porção de coisas e planejo minuciosamente o que meu cérebro entende por uma vida perfeita. Eu idealizo o cabelo perfeito. Eu idealizo a profissão perfeita. Viagens maravilhosas. Diálogos. O corpo perfeito. Eu idealizo o cara perfeito, e como a gente vai se encontrar. Ele terá uma certa altura, 15 cm mais alto que eu seria bom.
     Ele pode ser espanhol, porque homens espanhois tem um grande efeito sobre mim (Guapíssimos!). Ele vai ter um sorriso lindo, e vai me mostrar seu lugar favorito de quando era criança. E nós vamos sentar em um café e discutir política. E eu vou corrigir seu inglês. Ele vai ser inteligente, descolado, o cabelo estiloso e vai me levar pra ver um jogo do Barcelona. Aí no futuro, quando eu já estiver ganhando bem e a gente não aguentar mais ficar separados, ele vai me pedir em casamento na Torre Eifel, no London Eye ou em pleno Camp Nou, assistindo ao clássico entre Real x Barça e eu vou dizer 'sí, te quiero mucho'. Depois nós vamos ter uma filhinha, e ela será linda que nem ele. E vai ter os olhos dele. E nós três teremos uma foto feliz na sala de estar, da última viagem que fizemos à Disney juntos.
          De supetão eu acordo, e ainda estou deitada na minha cama, adiando o momento de me levantar e encarar a realidade de que ainda me encontro na faculdade, num apartamento de 52m², sem o cabelo perfeito, sem notas excelentes, com o corpo estratosfericamente longe de ideal e sem o espanhol dos meus sonhos. Aí paro e percebo que perco tempo demais imaginando ''e se'' isso fosse de tal jeito e menos tempo investindo, me esforçando e trabalhando para que o meu ''isso'' aconteça. O cabelo perfeito só vem com bastante hidratação e cuidado, e por favor, tinta no more! A profissão excelente só vem com muito esforço, então tenho que levantar a bunda da cama, sair dos blogs e estudar! O corpo perfeito não vem se você fica num ciclo vicioso de comer porque sua vida não é como você imaginou e se boicota na academia, o homem perfeito não existe, e imaginar o ideal só faz com que você passe direito pelos que podem se esforçar para preencher ao menos alguns dos nossos requisitos. Ideais são benignos quando te dão força pra ir atrás do que você quer, mas é importante lembrar que o mundo não gira à nossa mercê, e as coisas não vão acontecer por obra do destino ou do carma, ou simplesmente porque está no script como nos filmes de Katherine Heigl. A vida é muito mais do que uma comédia romântica clichê. É um ibook que pode ser editado a qualquer hora, e ao alcance do seu dedo. Só precisa que você levante da cama e pare de crer eternamente naquele bom e velho ''E se...''.




Raissa Almeida

07 novembro 2011

Dois estranhos na estação




           Como toda boa universitária que mora longe de casa, as estações de ônibus me são bastante familiares. Eu gosto delas, não tanto quanto gosto de aeroportos, mas gosto delas. Tenho várias histórias engraçadas de viagens de ônibus. Teve uma certa vez, que sentei perto de um manolo que não tinha um celular com fone de ouvido como todos as pessoas e os manolos normais, Ah não! Esse tinha uma caixa de som (!) ligada para que todos apreciassem seu (mau) gosto musical. Mas hoje não vou falar de histórias engraçadas de manolos, vou na verdade compartilhar o fato que na verdade, eu tenho uma - vou chamar de sorte- "sorte" de sempre sentar do lado de rapazes extremamente bonitos. “Se joga boba!” Vocês devem estar pensando, mas calma, ainda não é exatamente sobre isso que eu quero falar; O primeiro rapaz que sentou um dia do meu lado, era daqueles tipos de caras altos, bronzeados, com cabelo estiloso e com cheiro de perfume importado. O 'pinta do busão' sorriu, sentou e depois fechou a cara durante as quatro horas de viagem, muito ocupado com seu blackberry e seu ego do tamanho da Rússia pra se importar em ajudar a velhinha do lado a pegar a mala ou puxar papo comigo, o que eu esperava ansiosamente no início da viagem. O fato é que com o passar das horas, qualquer interesse que eu tinha no 'pinta do busão', com toda certeza passou no momento que eu vi que seu gosto musical se limitava a forró e swingueira e o quanto ele se intimidou quando me viu com o meu livro de direito penal nas mãos.                                                                                                      Hoje, eu subi no ônibus com um desejo: Deus, não deixa eu sentar perto de outro 'pinta do busão'. Percebi que minhas preces não foram ouvidas quando eu vi aquele cara alto, branquinho e do cabelo cacheado sorrindo e vindo na minha direção indicando que ia ocupar a poltrona vazia ao lado da minha. Eu sorri e pensei 'Ai não, outro não'. Levantei pra que ele sentasse, e ele, como bom gentleman, se ofereceu para colocar a minha bagagem de mão naquela parte superior onde se colocam as malas, alegando que eu ia ficar desconfortável ao levá-las no colo. Agradeci e olhei pra aquele lindo estranho do meu lado; mal tive tempo de pensar duas vezes e quando menos esperei já estava conversando com ele sobre um assunto que nem lembro mais. Conversa vai, conversa vem até que eu peguei meu fone de ouvido, ele o dele, e era hora de sermos dois estranhos de novo.                                                                                              Fechei os olhos e comecei a pensar em como a gente se engana pensando que é o 'pinta' que a gente quer, quando na verdade, são os lindinhos e fofos que a gente quer apresentar pra mãe, e passar tempo junto, e fazer planos e conversar coisas de conteúdo ou não, já que ele não se intimidaria pelo nosso intelecto. São caras de verdade, com gola V preta, um sorriso lindo e cheirinho cítrico que a gente quer. E como se não bastasse querida leitora, o fofo do busão que você também quer pra chamar de seu, sorri quando dorme e está encostando a cabeça no meu ombro. Deus pode não ter exatamente atendido minhas preces mas ele caprichou ao enviar esse aí, porque acredite querida leitora, ele está ouvindo Kings of Leon. Acho melhor eu desligar a luzinha de leitura porque ele acordou e está perguntando o que eu tanto escrevo. Mal sabe ele que é o personagem principal da minha história.








Raissa Almeida

02 novembro 2011




E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez. É que quando você volta, eu me lembro que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinho. E quando você vai embora de novo, eu me lembro que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de jeito nenhum.
— Caio Fernando Abreu.

19 outubro 2011



Where is this love? I can’t see it, I can’t touch it. I can’t feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can’t do anything with your easy words.
Alice (in Closer, 2004)

16 outubro 2011


“ Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber por que a vida é assim (…) Eu nunca vou entender por que você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.
Você me lembra o mistério da vida… é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."
Tati Bernardi

10 outubro 2011

Zumbi: MODE ON




            Buona sera a tutti! Quem disse que vida de quem está no pré é difícil, espere só chegar na faculdade. Se eu dormir 3 horas por noite, ou optar por não dormir, talvez, eu disse TALVEZ dê tempo de eu fazer tudo que eu preciso pra minha querida UFRN. Já dei adeus à minha vida social faz eras, então tudo que venho dizer é que passarei muitos dias sem dar as caras por aqui e que  preciso voltar a me deliciar (not) com História do Direito. Para todos os universitários na mesma situação, preparem seus Red Bulls, xícaras de café  e banhos gelados de madrugada! Sleeping is overhated, my dears!  



Raissa Almeida

06 outubro 2011

Ah! mar...




              Eu olho o mar de um azul profundo. As ondas vem e vão, agitadas. As nuvens estão carregadas e parece que vai chover. Mas mesmo com chuva, eu amo como o mar me traz paz e serenidade. Eu amo como o mar tem aquele cheiro singular, cheiro de infinito, cheiro de horizonte e eu nem sabia que essas coisas tinham cheiro. O mar me lembra como ele está longe, mas ao mesmo tempo é como se fossem só simplórias moléculas de água que nos separasse. Eu sento na areia, e repasso na minha cabeça momentos que eu nunca vivi. Fecho os olhos e imagino ele do outro lado, naquelas praias de pedrinhas pretas, sentindo o vento nos cabelos e pensando em mim também. ''Venha! '' - eu quero tanto lhe dizer- mande uma carta numa garrafa, faça um sinal de fogo no céu, pinte o mar de vermelho, mande uma mensagem dizendo que sente minha falta também. Qualquer coisa, mas venha. Meu coração tem pressa.



Raissa Almeida

04 outubro 2011

Não me decepcione...



"(...)I'm in love for the first time
Don't you know it's gonna last
I'ts a love that lasts forever
It's a love that has no past

Don't let me down, Don't let me down
Don't let me down, Don't let me down(...)"


Don't Let Me Down, The Beatles

30 setembro 2011

Pride and Prejudice



"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

Fitzwilliam Darcy

28 setembro 2011

I have a dream...



Uma palavra me descreve hoje: FOME
Vou revisar Direito Constitucional, e tudo que eu queria era me acabar em Cupcakes e ir visitar a minha linda cama. Ai que sonho na vida de uma universitária em plena metade de período. 
Boa noite para os lindos que dormirão essa noite.

Raissa Almeida

25 setembro 2011

Carta aberta à um amor platônico



                 Gosto de ouvir desabafos. É quando as pessoas deixam cair as máscaras, baixam a guarda e se mostram verdadeiramente por quem são. São 8 da noite de domingo, e conversando com uma amiga, ouvia dela um romântico desabafo. A história de estranhos que se encontraram, ficaram juntos, descobriram quem são e por algum motivo, talvez um timing errado dos dois,  a indiferença dele, ou paixão demais dela, acabaram por trilhar caminhos completamente opostos. Não é minha intenção reabrir cicatrizes que não ardem mais, mas talvez seja a hora, querida amiga,  de deixar o mundo ver os seus desabafos escritos à noite, baixinho, junto ao travesseiro. A carta a seguir é nada mais que um desabafo de uma menina à um amor que foi. E que ainda é. 

"Hoje é Quinta-Feira 11 de Novembro de 2010. Faltam 3 semanas para o momento mais importante da minha vida até agora e ao invés de focar nisso de vez, eu estou aqui escrevendo por você. Essa é mais uma das cartas que eu nunca vou te entregar.
E eu já não sei mais se eu te considero uma pessoa ou uma utopia, quem sabe a personificação do meu fracasso e do que meus relacionamentos foram até hoje, ou um modelo de como a gente não escolhe por quem se apaixonar.
Já que estamos falando em datas, vamos a elas. Hoje faz 4 meses que ficamos, mas ontem você fez um mês de namoro. E eu achei que a partir de então era hora do seu prazo de validade expirar, no entanto, depois de tanto tempo, para a efemeridade contemporânea, eu ainda penso em você. E o pior, eu ainda guardo esperança. Achei que não guardava. 
Porém, quando escuto uma música, ou penso no futuro, penso em nosso reencontro. A grande ironia disso tudo é que não é como se você estivesse distante, eu te vejo todos os dias, mas aquela música já diz que às vezes “o perto ainda é muito mais distante que qualquer lugar”.Estou naquela péssima fase de desconstrução. Em que me esforço pra pensar que você é um mau-caráter, o que nem é tão difícil assim, já que praticamente todos os meus amigos fazem coro e as pessoas com quem andas, por vezes, me causam nojo.
No entanto, vou confessar meu maior medo. Desperdiçar as oportunidades, quando estas enfim aparecerem, pelo simples fato de não querer ninguém no mundo além de ti. É doentio, eu sei, mas o grande vazio que foi a nossa brevíssima história deixou-me com tantas reticências de dúvida e exclamações de revolta com a realidade dos fatos, que eu não tive como colocar um ponto final na efervescência do meu pensamento e da minha imaginação que desembocava, irreparavelmente, no “se”."


Ps: Essa carta não é de minha autoria. Mas de uma amiga que prefere permanecer no anonimato


Raissa Almeida

Daddy's Girl




              Hoje é o aniversário do homem mais importante do mundo pra mim. Hoje pela primeira vez nós estamos longe, e eu não vou poder te dar um abraço, um beijo e dizer: ''Pai, tá cada dia mais perto de começar a ir ao geriatra ein?'', ao que o senhor responderia: '' He-He-He engraçadinha! Pode dar adeus ao seu Iphone''. Hoje escrevo não pra reclamar, pra desabafar, etc. Hoje eu escrevo pra agradecer a Deus pelo pai maravilhoso que Ele me deu, que sempre me coloca em primeiro lugar, que sempre quer lutar minhas lutas por mim, e quando não pode, está lá pra me apoiar e me levantar quando o golpe for muito pesado, e eu não tiver forças pra levantar sozinha. Que sempre tem mais fé em mim que qualquer outra pessoa ( inclusive eu mesma ), que ama até os meus defeitos, e olhe que não são poucos.
          Só queria por meio deste, me desculpar por ser uma filha meio ausente, e por não conseguir, na maioria das vezes, expressar em alto e bom tom que eu tenho muito orgulho de te ter como pai, que eu também sinto saudade e que eu te amo muito. Sem Mais.   


Raissa Almeida

09 setembro 2011

Self-destructive

<a href="http://www.youtube.com/watch?v=Osvs429_2Zk?hl=en"><img alt="Play" src="http://www.gtaero.net/ytmusic/play.png" style="border:0px;" /></a>




           Escrever pra mim é um refúgio. É admitir pra o mundo o que eu não consigo admitir em voz alta pra mim mesma. Eu tenho adiado escrever, tenho até mesmo pensado em palavras e frases de impacto que escondam o que eu estou sentindo em uma caixa justificada de perfeitas sintaxes.Tenho adiado escrever porque hoje mais do que nunca isso é doloroso.  Só que tenho adiado tanto, que agora  as palavras me vem como enxurradas. Elas me vem incontroláveis, fortes, exigindo que eu as liberte. 
           A verdade é que tem sido uma semana caótica de um mês caótico. Procuro inutilmente expressar o que eu sinto, pois ao mesmo tempo que as palavras me procuram, elas me fogem. Tudo que sei, é que conto os dias pra setembro acabar. Pois setembro trás a autodestruição de volta, justo quando eu pensei que tinha me curado. Você me fez ferida aberta de novo e vai precisar de mais do que gase e esparadrapo pra estancar o sangramento. A pele perdeu a elasticidade, e receio que vão ficar cicatrizes profundas dessa vez. Eu poderia escrever uma carta aberta e endereça-la a você dizendo "FODA-SE, VOU-ME EMBORA. ( Ps: Pra sempre dessa vez)" só que não acho que isso iria resolver.
           Juro que o que eu sinto não é raiva, não é ódio, não é mágoa. Okay, talvez seja um pouco de mágoa mas sobretudo, é decepção. é desânimo. Eu canso também sabe? Eu sei , eu sei, os filmes fazem parecer fácil, mas não é. Eu sei também que os mocinhos que mais sofrem são os que tem os finais mais inesquecíveis, só que essas cenas são muito arriscadas quando não se tem dublês. Afinal, my dear, você sabe que nós estamos condenados. Nós estamos dançando lentamente num quarto em chamas. Não há escapatória pra nós. Não há resgate pra essa concepção masoquista que nós tínhamos de amor. E sabe o que me disseram quando eu perguntei o que fazer quando o amor é autodestrutivo? Bom, me disseram que não era amor. Amor não é autodestrutivo.  Amor dá paz, dá segurança.  E Você me dá vertigem. Não como um frio na barriga, me dá vertigem porque sempre que minha guarda baixa, eu sinto como se tivesse caindo do décimo quinto andar sem uma cama de proteção me esperando lá em baixo. E agora, bem, agora está tarde, my dear. Já é hora dessa autodestruição acabar.



Raissa Almeida

08 setembro 2011




"Daí ela se lembrou de como é ser forte. Ela enxugou suas lágrimas e sorriu. Sim, sorriu, porque ela sabe que algo melhor está por vir. Ela sabe." 

Tati Bernardi

05 setembro 2011



CFA

"Acho que esta é minha última tentativa. Gosto muito de você gosto muito de você gosto muito de você sem pausas. Aos caminhos, entrego o nosso encontro e se tiver que ser, como tem que ser, do jeito que tiver que ser, a gente volta um dia. Da maior importância, meu bem. That’s it! Esteja bem. Queira estar bem. Como se fosse verdade, um beijo."

                                                                                                                                                                     -Caio Fernando Abreu


04 setembro 2011

Discursos Relevantes



     Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo estava tão perplexo com tamanha carnificina e destruição causadas por suas prórpias mãos e armas, que resolveu criar um órgão forte o suficiente para poder freá-lo quando a consciência viesse a faltar, e a guerra fosse eminente outra vez. A Organização das Nações Unidas foi criada com esse propósito: velar sobre o mundo e acima de tudo, garantir que os Direitos Humanos fossem respeitados. Qual foi minha surpresa hoje quando vi no The Guardian um vídeo de tropas da ONU estuprando um garoto de 18 anos do Haiti? E mais, que esse não é um ato isolado. Em 2007, um grupo de 100 soldados das Nações Unidas do Sri Lanka foram deportados sobre acusação de abuso sexual de meninas menores de idade. E em 2005, mais tropas da ONU promoveram um verdadeiro banho de sangue em Porto Príncipe, matando 23 pessoas, incluindo crianças e deixando mais de 27 feridas, a maioria delas meninas menores de 18 anos, segundo os Médicos sem Fronteiras.
      Esses dados assustam. Eles são nada mais do que a prova factual de um descaso gritante da ONU por causas que não tem tanta visibilidade na imprensa internacional. É um descaso gritante com o propósito da Organização em si. Eu pergunto, o que o senhor Ban Ki-moon, Secretário-geral das Nações Unidas teria a dizer ao pobre rapaz haitiano que foi estuprado? Seria algo no mínimo embaraçoso desculpar-se pelo que aqueles soldados (que deveriam protegê-lo) fizeram. A ONU foi criada para que nada como o que os nazistas fizeram, incluindo estupros e mortes indiscriminadas de judeus, negros, ciganos, mulheres e deficientes, voltassem a acontecer. Mas os nazistas eram o inimigo e todos sabiam. Eles lutavam do outro lado. O que fazer quando dessa vez, o inimigo luta dento da sua própria trincheira? Senhor Secretário, o mundo espera respostas.



Raissa Almeida

03 setembro 2011


"I hope you live a life you're proud of. And if you find that you're not, I hope you have the strenth to start it all over again."
                                   F. Scott Fitzgerald
                         

Acabou em Pizza [Desabafo]



      Me chame de esquisita, mas pra uma jovem de 18 anos eu até que aprecio muito bem um sábado a noite em casa.  Tem algo sobre poder passar a tarde de pijama, e ler livros e assistir filmes românticos (daqueles que fazem até Chuck Norris chorar) comendo Nutella que me têm um apelo muito forte. Esse não foi um desses sábados. Deu vontade de sair, mesmo sendo só pra quebrar a dieta com pizza, e tendo surgido a oportunidade, aproveitei-a. O resumo da noite não foi como o esperado, tendo em vista que eu estou de volta às 10 horas, estou escrevendo no blog e procrastinando mais uma vez minha pesquisa sobre o Método da Economia Política de Marx pra faculdade. Mas isso não vem ao caso agora. A questão é: Por que algumas pessoas insistem em sair na companhia de outras se estas segundas claramente não lhe agradam? Ficar de cara fechada e aborrecida, sem dizer uma palavra na mesa enquanto um monólogo/diálogo se desenrola é ridículo e infantil. Não é problema meu e dos demais presentes no recinto os problemas que vocês tiveram no passado, não vai arrancar pedaço, nem manchar sua honra tentar cumprir só um pouco o que manda a etiqueta social. Bota um sorriso na cara e move on.   À bientôt! 


Raissa Almeida

02 setembro 2011

T.G.I.F!

He is (not) Chuck Bass



        Nova York nunca dorme. A toda hora pessoas vêm e vão, se cruzam no metrô lotado, se beijam na Quinta Avenida, se deixam na Ponte do Brooklin. Conheço uma história que me lembra Nova York, apesar dela não se passar lá. É a história de uma moça doce que se apaixonou por um menino que ela pensava ser Chuck Bass. Ela amava seu corte de cabelo, seu casaco recém passado e seus óculos Aviador. Todos diziam a ela que desistisse, afinal, Chuck Bass não se apega, não se apaixona. Não muda. E tudo iria acabar em olhos encharcados e copos vazios. Mesmo assim ela arriscou. Deu uma chance ao amor improvável, e para a surpresa de todos, não é que Chuck Bass tinha mesmo um coração? O romance floresceu. Ficou maduro. Virou namoro, virou rotina. 
        Dizem que o amor entorpece. E deve ser verdade, porque só a menina não via que por mais que ele também a amasse, ela precisava de mais do que ele parecia poder dar. Ele se assustou, se afastou. Ele sabia que ela era especial, mas como dar um amor tão grande quanto o que ela tinha pra dar? Ele era livre, sempre foi. Ele sentia-se preso. Ele mentiu achando que iria confortá-la, ele procurou por outros abraços e outros amores achando que ela não iria descobrir. Achou que ela seria sempre dele, que ela estaria sempre ali. É verdade que o amor entorpece. Mas todo entorpecimento passa, toda neblina vai embora. E pra eles, não foi diferente. Como num estalo ela acordou. Ela chorou e gritou e o mandou ir embora. Ele também chorou. Ela se esqueceu que ele não é Chuck Bass. Ele é só um garotinho mais novo e assustado que tinha o mundo nas mãos e uma maturidade muito pequena pra abraçá-lo. Ele vai aprender com os erros,com a solidão. Ele vai acordar. Nova York nunca dorme, e nós também não.





ps: Esse texto é dedicado à Chuck e Blair, eles sabem quem são. Se for pra ser, vocês vão encontrar o caminho de volta. 



Raissa Almeida