29 novembro 2011






AMEN TO THAT!




Raissa Almeida


Sunday morning rain is falling
Steal some covers, share some skin
Clouds are shrouding us in moments unforgettable
You twist to fit the mold that I am in

But things just get so crazy
Living life gets hard to do
And I would gladly hit the road
Get up and go if I knew
That someday it would lead me back to you
That someday it would lead me back to you
Someday..

CHORUS:
That maybe all I need
In darkness she is all I see
Come and rest your bones with me
Driving slow on Sunday morning
And I never want to leave.



Sunday Morning- Maroon 5

13 novembro 2011

E se...






          Eu tenho um problema com ideais. Crio na minha cabeça uma porção de coisas e planejo minuciosamente o que meu cérebro entende por uma vida perfeita. Eu idealizo o cabelo perfeito. Eu idealizo a profissão perfeita. Viagens maravilhosas. Diálogos. O corpo perfeito. Eu idealizo o cara perfeito, e como a gente vai se encontrar. Ele terá uma certa altura, 15 cm mais alto que eu seria bom.
     Ele pode ser espanhol, porque homens espanhois tem um grande efeito sobre mim (Guapíssimos!). Ele vai ter um sorriso lindo, e vai me mostrar seu lugar favorito de quando era criança. E nós vamos sentar em um café e discutir política. E eu vou corrigir seu inglês. Ele vai ser inteligente, descolado, o cabelo estiloso e vai me levar pra ver um jogo do Barcelona. Aí no futuro, quando eu já estiver ganhando bem e a gente não aguentar mais ficar separados, ele vai me pedir em casamento na Torre Eifel, no London Eye ou em pleno Camp Nou, assistindo ao clássico entre Real x Barça e eu vou dizer 'sí, te quiero mucho'. Depois nós vamos ter uma filhinha, e ela será linda que nem ele. E vai ter os olhos dele. E nós três teremos uma foto feliz na sala de estar, da última viagem que fizemos à Disney juntos.
          De supetão eu acordo, e ainda estou deitada na minha cama, adiando o momento de me levantar e encarar a realidade de que ainda me encontro na faculdade, num apartamento de 52m², sem o cabelo perfeito, sem notas excelentes, com o corpo estratosfericamente longe de ideal e sem o espanhol dos meus sonhos. Aí paro e percebo que perco tempo demais imaginando ''e se'' isso fosse de tal jeito e menos tempo investindo, me esforçando e trabalhando para que o meu ''isso'' aconteça. O cabelo perfeito só vem com bastante hidratação e cuidado, e por favor, tinta no more! A profissão excelente só vem com muito esforço, então tenho que levantar a bunda da cama, sair dos blogs e estudar! O corpo perfeito não vem se você fica num ciclo vicioso de comer porque sua vida não é como você imaginou e se boicota na academia, o homem perfeito não existe, e imaginar o ideal só faz com que você passe direito pelos que podem se esforçar para preencher ao menos alguns dos nossos requisitos. Ideais são benignos quando te dão força pra ir atrás do que você quer, mas é importante lembrar que o mundo não gira à nossa mercê, e as coisas não vão acontecer por obra do destino ou do carma, ou simplesmente porque está no script como nos filmes de Katherine Heigl. A vida é muito mais do que uma comédia romântica clichê. É um ibook que pode ser editado a qualquer hora, e ao alcance do seu dedo. Só precisa que você levante da cama e pare de crer eternamente naquele bom e velho ''E se...''.




Raissa Almeida

07 novembro 2011

Dois estranhos na estação




           Como toda boa universitária que mora longe de casa, as estações de ônibus me são bastante familiares. Eu gosto delas, não tanto quanto gosto de aeroportos, mas gosto delas. Tenho várias histórias engraçadas de viagens de ônibus. Teve uma certa vez, que sentei perto de um manolo que não tinha um celular com fone de ouvido como todos as pessoas e os manolos normais, Ah não! Esse tinha uma caixa de som (!) ligada para que todos apreciassem seu (mau) gosto musical. Mas hoje não vou falar de histórias engraçadas de manolos, vou na verdade compartilhar o fato que na verdade, eu tenho uma - vou chamar de sorte- "sorte" de sempre sentar do lado de rapazes extremamente bonitos. “Se joga boba!” Vocês devem estar pensando, mas calma, ainda não é exatamente sobre isso que eu quero falar; O primeiro rapaz que sentou um dia do meu lado, era daqueles tipos de caras altos, bronzeados, com cabelo estiloso e com cheiro de perfume importado. O 'pinta do busão' sorriu, sentou e depois fechou a cara durante as quatro horas de viagem, muito ocupado com seu blackberry e seu ego do tamanho da Rússia pra se importar em ajudar a velhinha do lado a pegar a mala ou puxar papo comigo, o que eu esperava ansiosamente no início da viagem. O fato é que com o passar das horas, qualquer interesse que eu tinha no 'pinta do busão', com toda certeza passou no momento que eu vi que seu gosto musical se limitava a forró e swingueira e o quanto ele se intimidou quando me viu com o meu livro de direito penal nas mãos.                                                                                                      Hoje, eu subi no ônibus com um desejo: Deus, não deixa eu sentar perto de outro 'pinta do busão'. Percebi que minhas preces não foram ouvidas quando eu vi aquele cara alto, branquinho e do cabelo cacheado sorrindo e vindo na minha direção indicando que ia ocupar a poltrona vazia ao lado da minha. Eu sorri e pensei 'Ai não, outro não'. Levantei pra que ele sentasse, e ele, como bom gentleman, se ofereceu para colocar a minha bagagem de mão naquela parte superior onde se colocam as malas, alegando que eu ia ficar desconfortável ao levá-las no colo. Agradeci e olhei pra aquele lindo estranho do meu lado; mal tive tempo de pensar duas vezes e quando menos esperei já estava conversando com ele sobre um assunto que nem lembro mais. Conversa vai, conversa vem até que eu peguei meu fone de ouvido, ele o dele, e era hora de sermos dois estranhos de novo.                                                                                              Fechei os olhos e comecei a pensar em como a gente se engana pensando que é o 'pinta' que a gente quer, quando na verdade, são os lindinhos e fofos que a gente quer apresentar pra mãe, e passar tempo junto, e fazer planos e conversar coisas de conteúdo ou não, já que ele não se intimidaria pelo nosso intelecto. São caras de verdade, com gola V preta, um sorriso lindo e cheirinho cítrico que a gente quer. E como se não bastasse querida leitora, o fofo do busão que você também quer pra chamar de seu, sorri quando dorme e está encostando a cabeça no meu ombro. Deus pode não ter exatamente atendido minhas preces mas ele caprichou ao enviar esse aí, porque acredite querida leitora, ele está ouvindo Kings of Leon. Acho melhor eu desligar a luzinha de leitura porque ele acordou e está perguntando o que eu tanto escrevo. Mal sabe ele que é o personagem principal da minha história.








Raissa Almeida

02 novembro 2011




E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez. É que quando você volta, eu me lembro que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinho. E quando você vai embora de novo, eu me lembro que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de jeito nenhum.
— Caio Fernando Abreu.